Capítulo 46



Após terminar as filmagens do segundo episódio de Cidade do Terror, Jiang Zheng tirou dois dias de folga e foi para uma base de filmagens nos arredores de Pequim para fotografar a capa de setembro da revista Fashion.

Todos os meses havia capas de revistas de moda, mas só quem possuía alto status nos círculos da moda e do entretenimento tinha o direito de estar na capa de setembro. Celebridades do topo disputavam essa capa; a seguinte, a de outubro; ou então a de ano-novo, março ou edição de aniversário. Já as mais fracas pegavam os meses restantes, e as ruins… essas nem conseguiam sentir o cheiro da tinta da impressão.

Quando Jiang Zheng entrou no estúdio, Jin Sui, editora-chefe da Fashion, já a aguardava havia bastante tempo.

Segundo Han Yi, a decisão de que ela fotografaria a capa de setembro havia sido tomada no fim do ano passado. Enquanto outras atrizes disputavam com unhas e dentes uma capa de revista de primeira linha, Jiang Zheng não precisava disso — ela já era popular demais.

No ano anterior, ela posou para a capa de outra revista de renome, e os exemplares esgotaram em questão de segundos. Ao mesmo tempo, muitos fabricantes de marcas ouviram que Jiang Zheng seria a garota da capa, e lançaram anúncios publicitários sem pestanejar. Ninguém despreza a chance de lucrar. Por isso, ao ver a Deusa da Fortuna chegar, Jin Sui naturalmente abriu um sorriso digno do Buda Maitreya.

Antes de ir, Han Yi havia dado uma lição sobre quem era Jin Sui. Assim que a viu, Jiang Zheng sorriu e disse:

— Sui Sui, quanto tempo.

Ela ficava furiosa quando a chamavam de “editora Jin” ou “Jin Sui”, mas ficava feliz quando a chamavam de “Sui Sui”.

Jin Sui tinha o corpo rechonchudo e aparência comum, mas seu estilo extraordinário de vestir e maquiar-se elevava sua beleza a um estado cativante.

Ela abriu os braços, abraçou Jiang Zheng com leveza e sorriu:

— Zheng Zheng, obrigada pelo seu esforço.

As duas conversaram por um tempo, até que uma moça alta e belíssima se aproximou.

Jin Sui apressou-se em apresentar:

— Esta é a diretora de planejamento da nossa revista, recém-recrutada de Nova York. Bai Xuan.

Jiang Zheng olhou e viu que a diretora Bai tinha uma aparência suave e agradável, especialmente seus olhos macios, como água. Era como um lago banhado pela luz da lua, que absorvia o olhar de quem o fitasse. Era o tipo de beleza capaz de ofuscar até mesmo celebridades do entretenimento. De fato, digna do cargo numa revista de moda de primeira linha.

Ela estendeu a mão:

— Olá. Sou Jiang Zheng.

Bai Xuan hesitou por um segundo; uma surpresa brilhou em seus olhos, mas logo ela retomou a naturalidade e sorriu:

— Há muito admiro o nome da senhorita Jiang.

Dessa vez, a proposta da capa seguia a recente tendência de estilo nacional, por isso o estúdio estava repleto de elementos chineses.

Sedas vermelhas exuberantes, lanternas de palácio altas e deslumbrantes, pavilhões à beira d’água no estilo de Jiangnan, lagoas de lótus, pavilhões, pavilhões e mais pavilhões.

Bai Xuan mostrou-se muito profissional. Primeiro, comunicou-se com Jiang Zheng sobre escolha de figurino, ângulos de fotografia e composição de cena. Era essencial que ambas construíssem um entendimento mútuo rapidamente para que o ensaio transcorresse de forma eficiente.

Durante uma pausa no meio das filmagens, Han Yi, ao lado de Jiang Zheng, estava um pouco inquieto. Essa tal Bai Xuan, praticamente desconhecida, havia sido escolhida por Jin Sui para ser diretora de planejamento da Fashion. E ainda por cima, na edição de setembro. Se algo desse errado, ninguém sairia ileso. Mas quem era Jin Sui? Ela estava na indústria da moda há mais de vinte anos, conhecia pessoas como ninguém e tinha vasta experiência. Se foi ela quem escolheu, não podia haver grande problema.

Jiang Zheng também pensava em Bai Xuan. Franziu a testa e perguntou em voz baixa:

— Han Yi, eu já conhecia a diretora Bai?

Han Yi ficou surpreso:

— Provavelmente não.

Ninguém podia saber que ela sofria de amnésia. Por isso, sempre que saíam para trabalhar, ele a instruía antecipadamente sobre as pessoas com quem poderia se encontrar. Mas essa Bai Xuan surgira do nada — até para ele, era a primeira vez que a via.

Jiang Zheng tinha a impressão de que Bai Xuan a olhava de modo diferente. Talvez fosse pelo fato de a mulher que abandonara seu irmão se chamar Su Xuan, e os nomes se sobreporem em uma palavra, o que gerava um desconforto estranho. Ela balançou a cabeça, achando que talvez estivesse pensando demais.

O tema da revista Fashion de setembro era “Novo Estilo Nacional, Nova Criação Cultural, Nova Tendência de Pensamento”. O primeiro plano de fotos escolhido por Bai Xuan era o impactante vermelho chinês. Embora esse vermelho fosse comum no estilo nacional, capturar sua profundidade, camadas e senso de moda exigia certa habilidade. Bai Xuan tentou fazer Jiang Zheng expressar uma imagem ousada sob o sopro do vento nas sedas vermelhas. Tentou tantas vezes que chegou a ficar constrangida.

No entanto, Jiang Zheng permaneceu calma do início ao fim, sem qualquer sinal de impaciência no rosto. Bai Xuan estava acostumada a ver boatos em Nova York dizendo que Jiang Zheng era exigente e difícil de lidar, mas o que viu naquele dia foi puro profissionalismo.

Além disso, Jiang Zheng não era só um rosto bonito — ela entendia rapidamente as intenções de Bai Xuan e cooperava ao máximo para entregar as poses mais belas.

Por isso, apesar de a primeira metade do ensaio ter sido lenta, ambas as partes ficaram muito satisfeitas.

O segundo tema era em estilo de pintura chinesa com tinta — névoa aquática, variações de luz e sombra, arquitetura clássica de extremo apelo estético, tudo para realçar o rosto único de Jiang Zheng e capturar seus momentos mais belos.

As filmagens seguiram até a noite. Jin Sui permaneceu com a equipe o tempo todo, dando instruções aqui e ali. Um tratamento que ninguém mais teria.

O ensaio terminou quando as luzes se acenderam.

Jiang Zheng agradeceu a todos pelo esforço e seguiu com Jin Sui até seu escritório.

A mesa de centro estava cheia de comida. Jiang Zheng engoliu em seco, vestiu sua habitual expressão fria e sentou-se lentamente no sofá.

Jin Sui comentou:

— Eu sei que você não pode comer, então vou comer por você, tá?

Jiang Zheng não sabia se ria ou chorava. Aquela irmã realmente a tratava como uma melhor amiga.

Ela respondeu com calma:

— Claro.

Enquanto comia, Jin Sui reclamava. A capa de outubro do ano passado já estava definida para ser de Yuan Mingshu. Ela tinha bom respaldo e uma boa relação com os fabricantes. Embora suas obras não fossem exatamente famosas, eram numerosas. A capa já estava impressa no fim de agosto para ser lançada em outubro. Mas, de repente, Yuan Mingshu conseguiu a capa de setembro de outra revista de primeira linha. E então passou a desprezar a de outubro da Fashion e obrigou Jin Sui a cancelar o contrato.

Jin Sui quase morreu de raiva, mas o capital por trás de Yuan Mingshu era poderoso. Pagaram a multa contratual corretamente, então, legalmente, não havia erro. Porém, todas as grandes atrizes já tinham garantido suas capas de setembro e outubro em outras revistas, e Jin Sui não aceitava atrizes de menor expressão.

Ela decidiu tentar falar com Jiang Zheng, que topou de imediato e arranjou tempo para as fotos. Graças a isso, a famosa Fashion não passou vergonha.

No fim, a capa de outubro de Fashion vendeu mais do que a de setembro de Yuan Mingshu, e os anunciantes investiram pesado. Os fãs de Yuan Mingshu ficaram indignados, espalharam rumores por toda parte dizendo que Jiang Zheng havia “roubado” a capa da sua musa. Mais um “crime” para a lista de Jiang Zheng.

Quando soube disso, Jin Sui marcou Yuan Mingshu no Weibo e escreveu: Algumas pessoas não têm talento, mas são mestres em espalhar boatos.

Os fãs de Yuan Mingshu a idolatravam tanto que jamais admitiriam qualquer erro da deusa. Imediatamente começaram a gritar que Jiang Zheng e Jin Sui — duas demônias — estavam fazendo bullying.

O coração de Jin Sui ainda doía ao lembrar do episódio.

Jiang Zheng não lembrava de nada disso, mas já ouvira a história por Han Yi. Respondeu, com alívio:

— Ouvi dizer que Yuan Mingshu não conseguiu uma capa sequer este ano.

Não sabia se o capital por trás dela havia desistido, ou se ela tinha decidido seguir o caminho budista, em jejum e oração.

Jin Sui rangeu os dentes:

— Bem feito. No ano passado, foi o pior desempenho de setembro. Quem teria coragem de convidá-la de novo?

Em seguida, mudou de assunto e sorriu de forma estranha:

— Zhengzheng, irmã Zheng...

Jiang Zheng sentiu um mau pressentimento:

— Se tem algo a dizer, diga logo. Não sorria assim. Você me lembra o deus da montanha do primeiro episódio de Cidade do Terror quando faz essa cara.

Jin Sui: “…”

Ela trocou o sorriso por uma expressão bondosa e serena, como o Buda Maitreya.

— Eu tenho um sonho.

Jiang Zheng:
— …Qual?

— Quero você e Ji Muye na capa da edição de 20º aniversário da Fashion

No ano seguinte seria o vigésimo aniversário da publicação da Fashion. Jin Sui, como fundadora, estava quase ficando careca tentando definir a capa para essa edição superimportante. O departamento de planejamento sugeriu diversos nomes, mas nenhum a satisfazia. Até que, um dia, ela viu o pôster promocional de País das Mulheres de Dongnu, e seu coração disparou. A química dos dois na mesma imagem tocava diretamente a alma.

Seu instinto lhe dizia que, se conseguisse reunir essas duas estrelas no mesmo ensaio, a capa de 20 anos da Fashion se tornaria a mais icônica da história da revista.

As portas do elevador se abriram.

Bai Xuan levantou a cabeça e viu Jiang Zheng parada sozinha à porta.

Seus traços lembravam vagamente os de uma certa pessoa, mas ao olhar com atenção, cada uma tinha suas próprias características. Os olhos de Jiang Zheng eram lindamente amendoados, extremamente versáteis — com uma simples mudança na expressão das sobrancelhas, podiam ser doces ou salientes. Já os daquela pessoa eram mais estreitos e longos, com um brilho enigmático constante nas pupilas.

Jiang Zheng viu Bai Xuan fitando-a em transe, e aquela sensação estranha que havia reprimido voltou à tona.

Bai Xuan pressionou o lábio inferior, entrou rapidamente e sorriu:

— Por que não vi o senhor Han?

Jiang Zheng explicou que Han Yi tinha um compromisso, então outra pessoa viria buscá-la.

Bai Xuan murmurou em resposta. Depois disso, as duas mergulharam no silêncio.

A base de filmagem da Fashion ficava no oitavo andar, mas o estacionamento subterrâneo tinha apenas um pavimento.

O elevador chegou ao andar B1, e ambas saíram humildemente, uma atrás da outra.

No momento em que pisaram fora, Bai Xuan parou de súbito, e seu rosto empalideceu na hora.

Jiang Zheng também ficou surpresa.

Bem à frente, na entrada do elevador, duas figuras saíam de um carro ao mesmo tempo.

Jiang Zheng piscou, o que está acontecendo? Seu irmão certamente viera buscá-la, mas por que Ji Muye estava ali?

Segundo a agenda divulgada pelo estúdio, ele deveria estar viajando para o exterior naquele dia, participando de uma exposição importante.

Ela virou-se, querendo se despedir de Bai Xuan, mas viu que seus olhos estavam vermelhos, os lábios trêmulos e a expressão, péssima.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Bai Xuan cambaleou em direção ao lado, com a cabeça baixa. Seu carro estava entre dois veículos; ela abriu a porta imediatamente e entrou.

Antes que Jiang Zheng pudesse reagir, viu seu irmão mais velho, Jiang Ran, caminhando em disparada feito um louco, abrindo a porta do passageiro do carro de Bai Xuan e entrando também.

No segundo seguinte, o carro de Bai Xuan arrancou em alta velocidade — Jiang Ran deixou sua querida irmã para trás e partiu com outra.

Jiang Zheng: — ……

Ji Muye: — ……

O som rápido dos pneus deslizando no chão a deixou atônita. Ela ficou ali, boquiaberta, sem entender o que acabara de acontecer.

Ji Muye levantou os olhos. Ela está com ciúmes?

Seu coração apertou por um momento. A razão dizia que ela não tinha direito de sentir ciúmes, mas aquela sensação desconfortável persistia.

Com passos lentos, Ji Muye se aproximou. Embora tentasse disfarçar, ainda perguntou num tom ligeiramente submisso:

— Quer que eu te leve para persegui-los?

Jiang Zheng não sabia se ria ou chorava.

— Não. Ele já é bem grandinho, sabe se virar. — Era a primeira vez que via o irmão perder a compostura daquele jeito.

Ela se virou e perguntou com preocupação:

— Professor Ji, por que você está aqui?

Ji Muye deu um pigarro e disse que tinha um amigo ali, que haviam marcado de se encontrar, mas de repente o tal amigo precisou sair.

Jiang Zheng não tinha como perguntar quem era esse amigo, então apenas sorriu:

— Que bom. Vou esperar Han Yi me buscar. Professor Ji, vá cuidar dos seus assuntos.

Ji Muye olhou ao redor:

— Há muita gente passando por aqui. Eu te levo de volta.

E, após uma pausa, completou:

— De qualquer forma, já te levei duas vezes. Uma terceira não vai matar ninguém.

Jiang Zheng: — …

Ela estava ali fazia dez minutos e não vira viva alma além de Ji Muye. Que história era essa de “muita gente passando”?

Ji Muye não esperou pela resposta e caminhou até o carro para abrir a porta. Jiang Zheng, por respeito, entrou.

Logo após os dois saírem, Jiang Ran finalmente lembrou que tinha uma irmã mais nova.

Assim que atendeu, ele gritou do outro lado da linha:

— Zhengzheng, não deixa esse tal Ji se aproveitar da situação, ouviu?!

Jiang Zheng levou um susto e rapidamente tapou o telefone.

Ji Muye encarava a frente, em silêncio.

Jiang Zheng virou o rosto e perguntou em voz baixa:

— Você conhece a senhorita Bai?

Jiang Ran resmungou:

— Conheço. Ela me deve uma dívida enorme.

Jiang Zheng:
— …Não seja impulsivo. Se tiver algo a dizer, diga com calma.

Jiang Ran lançou um olhar à pessoa ao seu lado e respondeu lentamente:

— Não sou mais impulsivo.

Ao desligar, Jiang Zheng sorriu sem graça para Ji Muye.

Ji Muye tamborilou os dedos levemente no volante. Antes, suspeitava que Jiang Ran não fosse apenas um benfeitor de Jiang Zheng, mas agora, escutando o tom e o jeito como conversavam, além da reação dela ao ver Jiang Ran entrar no carro de outra mulher… sua suspeita só aumentava.

Se não fosse um relacionamento amoroso, o que mais poderia ser?

Ele soltou um suspiro aliviado e comentou com naturalidade:

— De repente me deu vontade de comer sushi japonês. Conheço um restaurante bem autêntico…

Jiang Zheng congelou por um instante, sem saber como responder.

Ji Muye continuou:

— Zhengzheng, melhor aproveitar o momento do que marcar outro dia. Que tal me acompanhar nessa?

Jiang Zheng não sabia se ria ou chorava.

— Então aquele amigo que você mencionou antes provavelmente não existe, né?

Ji Muye franziu a testa:

— …Às vezes, ser esperta demais não é vantagem.

Jiang Zheng: — …

Ela já havia comido em restaurantes de sushi refinados. Mas o lugar onde Ji Muye a levou era, na verdade, a casa de um famoso mestre de sushi japonês. As aberturas dependiam do humor do chef, e, claro, funcionava apenas com agendamento.

Jiang Zheng não disse mais nada e o acompanhou até o restaurante, aliviada por saber que ali não teria de se preocupar com paparazzi.

Assim que entraram, o mestre os recebeu calorosamente e os guiou na experiência de degustar as obras de arte em sushi, da maneira tradicional.

Jiang Zheng aos poucos relaxou, e sua presença passou a irradiar um brilho encantador.

Ji Muye baixou os olhos e disse:

— Zhengzheng, tenho uma dúvida.

Jiang Zheng apoiou o queixo com a mão:

— Hm?

— No meu primeiro ano de carreira, uma fã me mandou uma mensagem perguntando se eu tinha grupo de fãs. Respondi que era só um novato, não tinha nada disso. Mas que, se ela quisesse, podia montar um por conta própria.

Jiang Zheng piscou e endireitou-se na hora.

— Sabe o que aconteceu? Essa pessoa realmente criou um grupo de fãs pra mim e logo reuniu cerca de cinquenta pessoas. Lembre-se que, na época, eu era só figurante — de vez em quando tinha uma ou duas falas. Ter cinquenta fãs foi além de qualquer expectativa.

Jiang Zheng apertou os lábios e fechou os dedos com força. Ji Muye não era o tipo de ator que estourava da noite para o dia — ele galgou degrau por degrau, com puro esforço. Por isso ela o admirava há tanto tempo.

— Eu lembro claramente dos nomes de usuário de cada um desses cinquenta fãs. Eles eram minha motivação. Sempre que eu sentia vontade de desistir, bastava ler as mensagens de incentivo deles para sentir o coração aquecido… e no dia seguinte, lá estava eu de volta ao set.

— No meu segundo ano de carreira, participei de um filme como quinto ator masculino. Tive cerca de sete ou oito cenas, e uma dúzia de falas. Entre os fãs, havia uma chamada Gominha do Irmão Mu.

Jiang Zheng:
— !!!!!!
Ai meu Deus. Isso é uma Banquete de Hongmen[1]…

Ji Muye sorriu, um pouco constrangido:

— Ela era generosa. Alugou um salão para comemorarmos. No fim, os assentos não encheram. Essa pessoa era curiosa — sempre à frente quando se tratava de ajudar financeiramente, mas nunca aparecia em eventos presenciais. Eu sabia da vida, dos estudos e do trabalho dos outros quarenta e nove fãs… mas sobre ela, não sabia nada.

— Na estreia de Wangshan, dei ingressos e passagens de avião para esses cinquenta fãs antigos. Também presenteei suas famílias. No total, foram sessenta ingressos. Somando os distribuídos à indústria e à imprensa, foram 523.

Jiang Zheng respondeu, com a voz trêmula:

— O senhor Ji tem uma ótima memória…

Ji Muye disse, com os olhos baixos:

— A Gominha do Irmão Mu realmente pegou o ingresso. E, segundo a memória dos outros fãs, ela foi mesmo ao evento.

Ele a encarou de repente, com expressão sombria:

— Zhengzheng… por que será que ela estava vestida exatamente igual à roupa que você usava quando te encontrei?

A mente de Jiang Zheng ficou em branco. Depois de cinco segundos, ela respondeu lentamente:

— Isso… você teria que perguntar a ela…

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A autora tem algo a dizer:
Não posso perguntar isso.

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[1] Banquete de Hongmen: Um banquete ou encontro armado como uma armadilha para o convidado.

 

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