Capítulo
23 – Ah, não precisa ajudar a limpar
"Ah, não precisa ajudar a limpar. A mãe e a irmã vão limpar. Vocês estão com fome? A mãe já preparou a comida. Eu estava pensando em deixar vocês dois dormirem um pouco e depois chamá-los para jantar. Já que vocês dois estão acordados, tudo bem, vamos comer."
A mãe Yang viu que o filho e a nora estavam acordados, então simplesmente os chamou para comer.
Hoje é o primeiro dia em que a nova esposa está em casa e esta é a primeira refeição deles como família, sem mencionar o quanto a sogra está feliz. Ela deu as mãos a eles e os levou até a casa.
Quando a reforma foi realizada, um muro foi construído no pátio, separando o terreno em duas casas. Os muros para a rua têm altura normal, mas o muro entre as casas é um pouco mais baixo. O muro é coberto de tijolinhos de ambos os lados, dá para passar de um lado para o outro apenas erguendo as pernas e deslizando. A sogra e Yang Caixia assumiram a liderança, saltando por sobre ele.
Sun Xiuyun olhou para o muro. Não era muito alto e ela estava prestes a segui-las quando Yang Jiangang agarrou o braço dela: "Espere aqui." Em seguida, ele disse: "Mãe, você e Caixia podem entrar. Nós vamos pelo portão."
Depois de ouvir o que Yang Jiangang disse, a mãe Yang arregalou os olhos, contendo o riso. Então, ela sorriu e disse: "Ah, tudo bem, a mãe e Caixia vão entrar e esperar por vocês dois." Então, ela arrastou uma Caixia que não estava entendendo nada para dentro de casa.
Yang Caixia ainda estava pensando: ué, o muro não é alto. Por que o irmão e a cunhada foram pelo portão? E por quê a mãe dela estava com aquela cara engraçada? Mas antes que ela pudesse entender, ela foi arrastada para dentro de casa pela mãe. Ela percebeu vagamente que tinha alguma coisa a ver com o casamento, mas, afinal, ela é uma garota que ainda não se casou e não entende essas coisas. E ela também não é tão curiosa – se eles não querem falar sobre isso, então não falem. O irmão se casou e está feliz, e ela está feliz por ele. E também havia muita carne para comer na mesa!
Yang Jiangang esperou sua mãe e Caixia entrarem em casa, depois se inclinou e abraçou sua esposa.
"Suas pernas estão doendo? Eu vou te apoiando. Você não precisa imitar a mãe."
Sun Xiuyun foi repentinamente pega por ele e se assustou, se apoiando apressadamente no pescoço dele. "Eu não podia contar para elas que estava doendo, né?" Ela sussurrou, enquanto eles caminhavam, as últimas palavras quase sumindo na boca dela. Yang Jiangang apenas as ouviu porque a estava apoiando e estava prestando atenção.
“Esposa bobinha! Eu não sou seu homem? Você não precisa explicar nada para ninguém. Estamos em família e você não precisa se preocupar tanto, nem precisa se forçar a seguir o exemplo de ninguém. De agora em diante, não aceite nada que for desconfortável. Não me casei com você para te ver sofrer. Eu quero cuidar de você, quero te dar felicidade. Se você for magoada de várias maneiras e eu não te defender, então eu sou um marido lamentável. Se eu não puder nem te proteger, não mereço me casar com você.”
Sun Xiuyun olhou para ele com os olhos cheios de estrelas. Essas palavras são arrogantes e diretas, este é o seu homem, e Sun Xiuyun está fascinada pelo jeito que ele se expressa. Toda mulher quer ser frágil e ser mimada pelo seu homem forte. Uma mulher só se faz forte quando ela não tem ninguém que a ame.
Yang Jiangang olhou para sua esposa bobinha que o encarava. Ele levantou a mão e deu um tapinha na parte onde a segurava, sob sua grande palma. "Eu falei alguma bobagem? Por que você está me olhando assim?"
"Oh, é que eu percebi que você ganhou de mim. Estou olhando como meu homem é bonito. Fiquei hipnotizada por você por um tempo e não sabia o que dizer. Você não se viu nos meus olhos?"
Yang Jiangang se divertiu com ela. Então ela só tem olhos para ele? Depois de ter contato próximo com o ser amado, ele só sentia que sua amada combinava muito bem com ele. Quando estava com ela, ele sentia que estava completo.
"Bobinha!" Yang Jiangang não disse mais nada, então a abraçou e foi para o pátio de seus pais.
Sun Xiuyun também se apoiou em seu pescoço. Deixe-o segurá-la, por hoje e por ontem. Ela gosta da sensação de ser sustentada por ele.
Pátio Oeste.
Yang Lao Ling, o chefe da família, já estava sentado à mesa de jantar.
Yang Caixia ajudava a mãe a servir os pratos, esperando que ela trouxesse o último prato da mesa. Ela olhou pela janela e viu o irmão carregando a cunhada para o quintal. Ela corou ao ver o irmão e a cunhada juntos, ficando um pouco envergonhada, mas, ao mesmo tempo, pensou que o relacionamento entre irmão e cunhada era muito bom.
Sun Xiuyun não sabia que a cunhada os tinha visto. Uma vez no quintal, pediu a Yang Jiangang que a soltasse rapidamente.
"Jiangang, você me envergonhou. Posso ir sozinha. Seria muito constrangedor deixar os pais nos verem!"
Nesse momento da história, os casais não têm muita intimidade fora de casa. Até mesmo dar as mãos está fora de moda, quanto mais deixar que as pessoas os vejam se abraçando e andando juntinhos. Isso são condutas para quatro paredes!
Yang Jiangang olhou timidamente para a esposa e apenas a soltou. Ele estava um pouco envergonhado por estar muito perto dos pais. Não tem jeito, quem mandou que eles nascessem em uma era conservadora?
Os dois entraram na casa um após o outro. A comida já estava na mesa. As três pessoas da família estão todas sentadas, esperando o jantar.
"Pai, mãe, irmã mais nova." Sun Xiuyun cumprimentou-os e sentou-se.
"Olá, sentem-se." Yang Lao Ling olhou para a nora e o sorriso não desapareceu do seu rosto.
A mãe Yang era a mesma coisa: "Sentem-se e comam. A mãe fez bolinhos para vocês."
"Obrigada, mãe. Vou provar, sim."
Caixia olhou para a cunhada. Seu rosto corou e ela a cumprimentou, e então não falou mais nada. Afinal, ela já estava adulta e nunca tinha visto um casal tão próximo na vila. Aquela cena teve um impacto em uma garota como ela, que não era casada, e ela precisava digerir aquilo por um tempo.
Sun Xiuyun olhou para o rosto vermelho da cunhada e não se preocupou, achando que ela estava com calor.
Yang Jiangang levou sua esposa para se sentar. Ele pegou dois bolinhos para ela e os colocou em uma tigela, gesticulando para ela comer. Eles ficaram um dia inteiro no quarto e ela não tinha comido nada. Ele pensou na cintura fina da esposa, que ele conseguia segurar com uma mão – ela deve estar com fome.
"Hum, está cru." Ela cuspiu no pote o bolinho que tinha mordido.
Yang Jiangang pegou os bolinhos que sua nora cuspiu na tigela e deu uma mordida:
"Mãe, não está cozido mesmo."
Mãe Yang riu de repente, e Pai Yang também sorriu:
"Está prestes a engravidar, que bom." Mãe Yang olhou para sua nora com alegria.
Só então Sun Xiuyun percebeu o que significava o bolinho cru, e seu rostinho delicado foi lentamente tingido de vermelho (é uma espécie de simpatia. A mesa tem bolinhos crus e cozidos. Os crus significam que vai haver gravidez em breve. Se o casal escolhe o cru, a nora vai “assar o bolinho”).
"Engravidar é a consequência do casamento. Vocês dois têm que se esforçar para que eu e seu pai tenhamos logo um neto." Mãe Yang ergueu as sobrancelhas de alegria.
"Mãe, a gente acabou de se casar, então por que você está está falando em gravidez?" Yang Jiangang disse, seu rosto corando enquanto olhava para sua esposa.
"Ué, a mãe quer um neto. Xiuyun, vamos comer, os bolinhos neste prato estão cozidos." A Mãe Yang empurrou o prato de bolinhos para eles, impedindo o filho de continuar com o assunto.
Ela só tinha aquele filho e, por não ter cuidado bem dele, sentia que lhe devia algo. Olha como ele demorou para casar! O filho geralmente é obediente e trabalhador. É claro que ela está ansiosa para vê-los felizes e vivendo bem.
"Pai e mãe, eu também penso que Jiangang deve ter um filho logo. Pessoas da idade dele já se tornaram pais há muito tempo. Teremos filhos o mais breve possível."
Depois de falar, Sun XiuYun corou e comeu de cabeça baixa.
Yang Jiangang ficou comovido com as palavras da esposa.
A Mãe Yang ficou comovida com as palavras da nora. A nora é tão carinhosa! Ela é boa com o filho, e ele deve tratá-la bem, como se fosse uma criança.
A refeição foi muito harmoniosa. Após a refeição, Sun Xiuyun quis ajudar a arrumar a casa, mas a Mãe Yang recusou e pediu que voltassem para o quarto para descansar mais um pouco: "Hoje você é noiva e não precisa trabalhar (a família dava uma folga para a noiva nos primeiros dias de casamento, por motivos óbvios). De agora em diante, sou sua mãe. Devo cuidar bem de você."
Há um costume no interior de que, nos primeiros dias de casamento, a noiva não precisa trabalhar, mas também depende se a sogra é boa. Há também muitas sogras que querem se impor no primeiro dia do casamento. Sun Xiuyun sabe distinguir o bem do mal. Sua sogra é muito carinhosa com ela.
"Mãe, obrigada pelo seu cuidado. Vou me levantar para cozinhar para você amanhã de manhã."
A Mãe Yang também ficou feliz em ouvir isso. Ela sentiu que não era em vão que ela foi gentil com a nora. A nora era obediente e disposta a trabalhar mais. Ela os empurrou alegremente de volta para a casa deles.
Os dois voltaram para sua pequena casa e Yang Jiangang a pegou assim que entraram, colocando-a sobre a colcha: "Sente-se e espere, eu vou ferver água para você. Você pode tomar um banho para ficar mais confortável. Eu vou encontrar uma banheira grande e vou enchê-la todos os dias para você." (lembre-se de que não havia água encanada.)
Yang Jiangang saiu depois de falar e então ouviu sua esposa atrás dele dizer: "Eu te amo muito, eu estou tão feliz."
Ele sorriu. Ele cuidaria bem dela. Sua esposa tinha apenas 19 anos, muito mais nova que ele, como ele poderia não cuidar dela direito!
Sun Xiuyun trocou de roupas, vestiu a camisola e se afundou sob as cobertas, esperando que Yang Jiangang trouxesse a água do banho. O desconforto físico a lembrava de que ela se apoiava nele durante o dia, como um barco que só conseguia balançar com as ondas do mar. Seu hálito escaldante chegava aos seus ouvidos, vez após vez.
Na vida anterior, ela não tinha gostado muito dele. Ela não sabia como cooperar com ele quando estava no quarto nupcial. Ela simplesmente rejeitou-o. Ele pareceu entender sua relutância e deixou ela correu para longe. Nesta vida, ela sempre o desejaria e seria apaixonada por ele. Os dois seriam naturalmente muito harmoniosos, e quando ele se tornasse intenso na cama, ela o suportaria feliz.
Yang Jiangang abriu a porta e, em seguida, levou a banheira para dentro de casa. Ele colocou a banheira no chão e foi buscar água. Depois de três ou quatro idas e vindas, havia água suficiente na grande banheira.
Sun Xiuyun observou-o misturar a água fria com a fervida e se aproximou. Ela estendeu a mão e testou a temperatura da água. Ela viu Yang Jiangang parado na porta, sem dar sinais de que pretendia sair. Ela mordeu o lábio e ficou um pouco tímida, mas pensou que ele era a pessoa mais íntima dela, então mordeu o lábio, virou-se e tirou a camisola.
Yang Jiangang olhou para a esposa e ficou um pouco chocado. Ele estava esperando para perguntar se ela queria mais água. Ele percebeu que ela ficou envergonhada e nem queria se impor, mas não esperava que sua esposa fosse tão natural diante dele. Fazer o quê, ele também não é Liu Xiahui (um antigo político chinês conhecido por sua virtude e por nunca se aproximar impropriamente de mulheres).

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