Capítulo 7 ao 10


 Capítulo 7 – Tenho Que Matá-lo? (2)

Ao pensar no fim da Ye Mu original — ser lançada viva para ser cruelmente devorada por um tigre —, sua delicada carinha de bolinho no vapor se contorceu.

Aparentemente, mesmo tendo salvado o protagonista masculino... ainda assim, matá-lo seria a melhor escolha para si mesma.

Na verdade, havia outra alternativa... uma sugerida pela voz que costumava sussurrar em seu ouvido: encontrar o mapa da fronteira da cidade, que permitiria seu retorno. Depois de ler o livro, ela sabia com clareza que esse mapa da fronteira era um tesouro raro que só poderia ser obtido pelo protagonista.

No entanto, essa outra escolha era muito trabalhosa e demorada — e ela tinha pressa de voltar. Não queria perder tempo caçando mapa nenhum, ainda mais um mapa fantasma. Por isso, teria que pedir desculpas a ele... por enquanto.

Mesmo reforçando essa decisão várias vezes, ainda hesitava um pouco. Naquele momento, não sabia qual das duas opções acabaria escolhendo de verdade.

Foi então que Mo Linyuan, ao ver o rosto inchado dela franzir a testa, teve vontade de rir com desprezo…

Ele não sabia como descrever a sensação de ter escapado por um triz da morte. Quando estava sendo segurado pelo Oficial Liu, pensou mil vezes em maneiras de esquartejar Ye Mu para manter a sanidade. Mas, ao vê-la entrar correndo, esses pensamentos desapareceram da sua mente.

Porque, no instante em que ela pôs os pés ali dentro, o primeiro olhar dela... foi para ele.

Estava claro: ela veio por causa dele.

Mas por quê? Por que arriscar tanto para salvá-lo, sendo que ela mesma o enviou para aquele lugar infernal?

Ye Mu tirou o trapo encharcado de sangue da boca dele e franziu a testa:

— Ei, esta Jovenzinha te pergunta: você me odeia por ter feito aquilo com você?

Ye Mu resolveu simplificar as coisas. Decidiu que, se ele dissesse que a odiava, então seguiria com a primeira opção — matá-lo. Por outro lado, se ele não dissesse a palavra “ódio”, ela adiaria essa conversa para depois.

Mo Linyuan tossiu sangue assim que tentou falar. O Oficial Liu havia sido cruel, enfiando uma faca no ombro dele apenas para dominá-lo. Estava ferido por dentro, e todo o corpo doía. Ye Mu franziu ainda mais a testa ao vê-lo assim. Pensou em pegar um lenço, mas desistiu. Sem que ela soubesse, as criadas atrás dela a observavam com olhares estranhos.

A Jovenzinha acabou de perguntar a um escravo se ele a odeia? Existe sequer um escravo nesta residência que não a odeie?

Além do mais, o jovem escravo Aji foi trazido pela própria Ye Mu para a mansão, e ela mesma o havia torturado várias vezes antes. Não era um pouco tarde demais para perguntar isso agora?

Só depois de algum tempo, quando Mo Linyuan conseguiu parar de tossir, ele respondeu com a voz rouca:

— Odiar ou não odiar... o que isso muda pra você?

Ye Mu apertou os lábios. Havia um guarda imperial ao lado ajudando na limpeza — ela se esticou e, de repente, puxou a espada da cintura dele.

Shiiing — fez a lâmina ao sair da bainha. O som fez os pelos de todo mundo se arrepiarem.

Todos acharam que aquela diabinha tinha se irritado de novo, então se ajoelharam às pressas, gritando:

— Jovenzinha, perdoe essa vida! Jovenzinha, por favor, tenha piedade!

Naquele instante, todos que estavam no salão, antes tão ocupados, estavam prostrados no chão por causa dela. Somente ela, uma pequena garota com uma espada na mão, permanecia de pé. Encara Mo Linyuan com seriedade, a ponta da lâmina voltada diretamente para ele.

— Se você me odeia, eu vou te matar! Se estiver disposto a deixar isso pra lá... então, por ora, eu não te mato!

As criadas se encolheram ainda mais após ouvirem aquilo. Se alguém fosse ameaçado com uma espada, o certo seria dizer logo “não te odeio”, não é?

Mas o que se passa na cabeça desse garoto? Ela saberia?

Mo Linyuan se sentou lentamente e endireitou o corpo. Seus olhos negros, intensos e inabaláveis, fixaram-se nela. Com voz firme, disse apenas uma palavra:

— Odeio.

Se não fosse por Ye Mu, as pessoas que o protegiam não teriam morrido, ele não teria se tornado um escravo, não teria sido quase humilhado por aquele animal... como poderia não odiá-la por tudo que fez?

Mas, na verdade, ele sabia que os sentimentos que nutria por ela não eram apenas de ódio — havia algo mais complexo, mais contraditório, que surgira no instante em que ela entrou por aquela porta.

Ao ouvir isso, Ye Mu franziu a testa. Se era assim... então ele que não a culpasse pelo que viria a seguir!

Seus olhos brilharam com uma decisão assassina. Respirou fundo e, no segundo seguinte, avançou com a lâmina, cheia de intenção de matar! Todos ao redor fecharam os olhos, sem querer presenciar o sangue jorrando à sua frente.

Os pequenos escravos ao redor voltaram a chorar e gritar de medo.

Mas a tragédia esperada... não aconteceu.

Ye Mu segurava a espada com ambas as mãos, as sobrancelhas unidas num aperto de angústia.


Capítulo 8 – Como Causar uma Boa Impressão? (1)

A ponta da espada perfurou o pescoço do garotinho, mas penetrou apenas um pouco antes de parar completamente.

Ela havia decidido. Estava determinada. Mas, no momento em que a lâmina entrou na carne, não conseguiu cravá-la mais fundo.

Como alguém com senso de justiça, ela simplesmente não conseguia matar uma criança desarmada. Se o outro lado fosse se tornar um tirano no futuro, então sim — poderia dizer que o matou pelo bem do povo. Mas ela sabia muito bem que essa criança se tornaria um imperador eterno, alguém que unificaria toda a terra — será que o próprio povo permitiria que ela o matasse?

O sangue escorria pelo pescoço dele, e o rosto outrora encantador de Ye Mu agora estava rígido, e sua voz, cortante como gelo.

— E agora? Você ainda me odeia?!

Ela havia cometido um erro. Não deveria ter hesitado. Se era para matá-lo, deveria tê-lo feito. Quando se começa a questionar a inocência... não era ela mesma inocente por estar tentando sobreviver após ser jogada nesse mundo? Ela não pediu por nada disso.

Com esse pensamento, seus olhos voltaram a brilhar com firmeza — ainda mais intensos do que antes, mais assustadores do que a própria intenção de matar. Isso fez com que todos os que estavam ajoelhados no chão tremessem.

Mo Linyuan permaneceu imóvel. Diante da morte, seu coração bateu mais rápido, contra sua vontade. Estava muito claro que ela queria matá-lo — a intenção assassina era palpável. Mas agora… ela hesitava. Talvez, com apenas uma palavra dele, ela tomaria uma decisão totalmente diferente.

Mas como ele poderia dizer que não a odiava?

Mo Linyuan riu, um riso triste, e olhou para ela. Palavra por palavra, disse:

— Se quer me matar... então mate. Não tenho mais nada a dizer.

Só de lembrar do ódio pela morte de sua mãe, uma concubina imperial, e pelo extermínio da família dela, seu sorriso se ampliou, sombrio.

Se ele não morresse hoje, faria todos que o humilharam, o machucaram e o traíram pagarem — mil vezes mais caro!

Ye Mu se sentiu abalada por aquele sorriso distorcido. Seu coração se apertou, e a mão que segurava o cabo da espada... simplesmente não conseguia mantê-la firme.

Apenas um ódio profundo, contra muitas pessoas, poderia fazer uma criança de nove anos sorrir daquele jeito.

Ele não quebrou o orgulho nem mesmo depois de se tornar um escravo. E mesmo com a lâmina entrando em sua carne, não vacilou. Ela realmente queria matar alguém com tamanha força de espírito?

Num instante, Ye Mu sentiu como se sua espada pesasse mil quilos — e simplesmente não teve mais forças para empunhá-la.

No fim, o que se ouviu foi o som metálico de uma lâmina caindo no chão. Clang!

Mo Linyuan cobriu o ferimento no pescoço, o sangue escorrendo entre os dedos, e olhou surpreso para ela.

Então, ouviu Ye Mu dar uma ordem completamente inesperada:

— Levem-no de volta. Cuidem dos ferimentos dele.

Todos ao redor soltaram um suspiro aliviado! Não haveria morte — e isso já era motivo suficiente para agradecer aos céus! Levantaram-se rapidamente do chão para cumprir a ordem, com medo de que ela mudasse de ideia de novo.

Naquele momento, ninguém ousava sequer respirar... Aqueles dois garotos eram tão intensos que, quando colidiam, pareciam gigantes em confronto. O impulso geral era fugir dali o quanto antes.

Foi então que, entre os outros escravos ajoelhados a um canto, um menino de repente se lançou à frente deles!

— Poderosa Jovenzinha! Por favor, me aceite também! Eu posso fazer qualquer coisa! Qualquer coisa que você mandar!

O garoto que disse isso estava vestido de preto, tinha sobrancelhas grossas e olhos grandes — olhos brilhantes, cheios de vida.

Ele tinha acabado de ver como o Oficial Liu havia tratado Mo Linyuan, tudo estava gravado em sua mente. O medo ainda tomava conta de seu coração, e sua voz tremia ao falar, mas, ao contrário de antes, ele estava mais calmo.

Os criados e os outros escravos não puderam evitar de lançar olhares para ele. Será que esse garotinho não percebia que essa residência era um ninho de lobos e uma caverna de tigres? E ainda assim ele se ofereceu para ser aceito pela Jovenzinha?

Ao lembrarem das torturas que ela costumava infligir, todos suspiraram em silêncio por aquele escravo.

Ye Mu estava de mau humor, mas ao ver o garotinho, não conseguiu evitar uma risada.

Ela achou a criança adorável. À primeira vista, parecia com o tipo de garotos de quem gostava em seu mundo original.

— Tudo bem. Levem ele também!

— Sim, senhorita!

As criadas e todos os outros subordinados não ousaram se atrasar. Os dois jovens escravos foram rapidamente levados para o pátio onde Ye Mu residia. Não importava o que ela quisesse fazer com eles — contanto que não se metessem no meio disso, estariam satisfeitos.

Capítulo 9 – Como Causar uma Boa Impressão? (2)

Quando ela saiu do salão, sentiu o calor do sol no rosto e não pôde evitar olhar ao redor. Sob o céu azul celeste, o sótão de madeira à sua frente era requintado; na ponta do seu nariz ainda pairava o aroma de madeira fresca.

Essa realidade tornava impossível continuar enxergando este lugar como um mundo fictício...

Antes, ela sempre achava que tudo era ficção, irreal. Porque esse mundo não fazia parte da sua história conhecida — mas agora, e se o livro fosse um registro histórico de um mundo paralelo? Então, não seria o caso de que, por mais pessoas vitais que ela matasse aqui, ela apenas estaria reescrevendo a história, sem nenhum bilhete de volta para casa?

Pensando no pai terrível do hospedeiro original, imaginando o jovem futuro imperador, percebendo que ela havia transmigrado para um tempo e lugar de guerra constante, e ainda por cima algo sobre um elusivo mapa da “fronteira da cidade” — Ye Mu não pôde evitar soltar um leve suspiro. Ela sentia que o futuro seria sempre sombrio.

Duas horas depois, Ye Mu finalmente conseguiu organizar as ideias para pensar na situação atual. O próximo problema era o que fazer com o protagonista masculino.

Olhando para os dois meninos quase crescidos à sua frente… Ye Mu não pôde deixar de suspirar novamente. Ela era parte das forças especiais, não uma professora de jardim de infância! Por que ela teria transmigrado para esse lugar só para cuidar de crianças?

Mas não havia outra escolha. Se esse mundo fosse real, então não restava alternativa senão encontrar o mapa da fronteira da cidade para voltar para casa. Porém, esse mapa só estava destinado a ser descoberto pelo protagonista no futuro. Sendo assim, ela precisava causar uma boa impressão no protagonista.

O rostinho delicado de Ye Mu se contraiu. A carinha redonda e delicada parecia um lindo jade branco sem nenhum resquício de hostilidade.

Mas poucos ousavam olhar mais. A Jovenzinha gostava que os outros a temessem. Se não sentissem medo, ela os faria sentir. Por isso ninguém ousava dirigir uma palavra a Ye Mu. O cômodo estava em absoluto silêncio, e a atmosfera era completamente sufocante.

— Qual é o seu nome? — perguntou Ye Mu ao menino vestido de preto. Ele devia ter uns dez anos. Claramente, havia acabado de se tornar escravo. Era forte, magro e vigoroso. Os olhos escuros brilhavam, e ele parecia um pouco selvagem, como um jovem lobo. Não era à toa que o Oficial Liu tinha escolhido o protagonista primeiro.

Ele se ajoelhou e respondeu em voz alta:

— Reportando à poderosa Jovenzinha, eu não tenho nome!

Ye Mu sentiu uma pontada de pena daquela criança. Ele nem sequer tinha nome. Isso só podia significar que era órfão.

— Então... você seguirá o sobrenome da minha família e se chamará Ye Xiaolang, o lobo-chefe que lidera os outros lobos.

Um lobo é uma criatura poderosa. Ye Mu esperava que aquela criança fosse tão forte quanto aquela fera no futuro.

Ye Xiaolang adorou o nome que ganhou, e seus olhos brilharam ainda mais!

— Ye Xiaolang agradece à Jovenzinha por conceder este nome e este sobrenome!

Ele fez uma reverência profunda novamente. Ye Mu não gostava muito de gente fazendo reverência para ela, mas por ora era melhor não agir como a mulher independente que realmente era.

Seu olhar mudou e pousou em Mo Linyuan. Claro, agora ele tinha o codinome Aji.

Para então, ele já estava apenas com curativos simples. O rosto delicado estava pálido, a cor da pele muito clara por causa da perda excessiva de sangue. Mas aqueles olhos escuros como tinta permaneciam vigilantes, a coluna ereta, e nele havia uma resiliência indomável.

Ye Mu pensou que, mesmo tendo sofrido tanto, o protagonista ainda mantinha sua acuidade. Por isso ele poderia se tornar um imperador justo e honrado desta geração. Como esperado, um caráter orgulhoso e inquebrantável é algo que se nasce com. E ela, sendo uma mulher das forças armadas, naturalmente apreciava pessoas com essa coragem.

Mas o protagonista, no momento, não confiava nela, então ela não podia contar sobre o mapa da fronteira da cidade por enquanto.

Ela tocou o queixo e exclamou:

— Quanto a você... Aji, ficará ao lado de Xiaolang no futuro e será meu subordinado pessoal. Vou te treinar ferozmente para ser um dos assassinos pessoais desta Jovenzinha!

Capítulo 10 – O Que Você Quer Fazer? (1)

Quando ela falou isso, todos os outros demonstraram uma expressão de quem já esperava por aquilo. Então, essa era a verdadeira razão das ações anteriores da Jovenzinha. Além disso, como ela poderia mudar tão repentinamente seu temperamento e ser gentil com as pessoas em tão pouco tempo? Parece que a intenção real era treiná-los para serem seus próprios homens...

Enquanto isso, mais de duas horas foram suficientes para Ye Li obter notícias do Oficial Liu.

Tinha vazado que o imperador havia convocado secretamente um médico imperial na noite anterior, e que o médico imperial misteriosamente morrera de forma violenta na manhã seguinte. Se fosse um tempo de paz, tal notícia não chamaria atenção. Ainda mais no atual e caótico Período dos Reinos Combatentes, onde a vida humana era considerada a coisa de menor valor — ninguém ligaria para a morte de um médico imperial. Contudo, combinando essa notícia com a frase de Ye Mu: “o imperador está gravemente doente”, aquilo se tornava algo de extrema importância.

Será verdade que o imperador está seriamente doente? Caso contrário, por que o médico imperial teria sido executado secretamente?

Na carta, o Oficial Liu agradeceu muito a Ye Li. Disse que, se Ye Mu não tivesse contado as notícias para todos, ele teria permanecido passivo até agora.

Ye Li se preocupava mais em descobrir quem era o homem de preto. E por que ele não havia sido informado dessa notícia importante? Por que preferiram espalhar a notícia usando uma criança pequena como Ye Mu? Qual seria o verdadeiro objetivo disso?

Com todas essas dúvidas e precauções, Ye Li chamou Ye Mu para ir até ele.

Naquela hora, Ye Mu já estava muito mais calma. Os homens de Ye Li até a procuraram para passar uma mensagem secreta à noite. Esse nível de cuidado significava que Ye Li não a puniria pela sua desobediência da noite anterior — isso também indicava que ela havia feito a jogada certa. O imperador realmente estava em perigo! Então, sem perder tempo, ela foi alegremente.

— Pai.

Ye Mu fez uma saudação respeitosa assim que entrou. Todos na família Ye temiam Ye Li, inclusive a própria Ye Mu original. Por isso, ela fingiu estar assustada só pela simples presença dele.

— Hum. — À luz das velas, Ye Li lia alguns documentos. Ao ver a criança que agora considerava “esperta”, chamou-a com voz amável.

— O que aconteceu com o imperador... — Ele fez uma pausa, observando a expressão de Ye Mu, mas só viu que ela o encarava, ansiosa pelas próximas palavras.

— O que aconteceu com o imperador se confirmou. Você fez um bom trabalho! Informou prontamente essa notícia para o pai. Então... o pai vai te recompensar! Diga, criança, o que você quer?

Como se um enorme peso tivesse sido tirado do coração de Ye Mu, ela fingiu estar animada e disse:

— Pai, fico feliz apenas por poder ajudar! Mu’er não precisa de recompensa, mas, se possível, poderia me dar alguns remédios de primeira linha para feridas?

Ao ouvir isso, as sobrancelhas de Ye Li se franziram imediatamente. Ele lembrou dos acontecimentos da noite anterior e falou com certa insatisfação:

— Não me diga que é para aquele escravo?

Ye Mu acenou com a cabeça:

— Exatamente! Aquele cara é indomável — eu preciso domá-lo! Mas receio que, se for muito severa, acabe matando ele fácil demais. Por isso quero bons remédios para fazê-lo morrer devagar!

Ao dizer isso, seus olhos ficaram extraordinariamente astutos, afastando sua expressão cordial anterior. Vendo isso, Ye Li ficou satisfeito e sorriu:

— Muito bem, o pai vai te dar algumas garrafas de remédio concedidas pelo próprio imperador. Para esse tipo de pessoa desobediente, só dê força até a hora certa — aí ele vai desejar a morte. Faça um bom trabalho e seja como o pai!

Ye Mu também ria maliciosamente, mas pensava consigo mesma: não é à toa que a família Ye está perdida. Quando as crianças são criadas desse jeito, como poderiam escapar da retribuição dos céus, ou melhor, daqueles a quem pisaram?

Depois de alcançar seu objetivo ao interrogar a filha, Ye Li advertiu-a severamente para não contar nada sobre a grave doença do imperador. Além disso, já havia ordenado que seus homens silenciassem as outras partes dentro da residência. Como última recomendação, disse para que ela supervisionasse bem os dois escravos e não falasse bobagem.

Ye Mu tinha um palpite preocupante: se não fosse pela morte de tantas pessoas que gerou suspeitas, Ye Li provavelmente limpara a casa de infiltrados — inclusive dela.

Diante de um homem implacável, ela precisava ter muito cuidado.



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