Capítulo 69 – Coelho morto


 Os dias passavam pacificamente, e o pequeno incidente na entrada da clínica não incomodou Lu Tong.


Num piscar de olhos, o outono começou.


Lu Tong continuava ocupada todos os dias. No outono, havia menos pessoas comprando o Xianxian, mas mais clientes procuravam o Zhe Ling.


Zhe Ling era um novo chá medicinal feito por Lu Tong.


Em breve, o exame de outono da Dinastia Liang aconteceria no primeiro dia do oitavo mês lunar. Os estudiosos, inevitavelmente nervosos antes da prova, costumavam procurar a clínica para comprar chás medicinais que revigorassem o espírito. Lu Tong criou esse novo chá e lhe deu o nome de Zhe Ling, baseado no presságio auspicioso de “Conquistar os Louros no Palácio do Sapo”[1].


Embora esse novo chá não fosse tão surpreendente quanto o Chun Shuisheng ou o Xianxian, muitos estudiosos o compravam por causa do nome. Todo ano, nessa época, o salão do Templo Wan En ficava quase lotado de gente estudando. Quando algo importante se aproximava, sempre havia mais pessoas que acreditavam em bons presságios do que céticos.


Lu Tong embrulhou dois pacotes de Zhe Ling em papel vermelho e os entregou a Yin Zheng:


— Leve isto para a casa de Wu Youcai, na peixaria.


Wu Youcai, da peixaria, fracassava todas as vezes. Lu Tong imaginava que ele participaria novamente do exame de outono, então separou alguns pacotes para ele.


Yin Zheng pegou o chá medicinal e estava prestes a sair quando Ah-Cheng a alcançou e a deteve:


— Senhorita Yin Zheng, espere.


— O que foi?


— Acho que não é um bom momento para visitar o irmão Wu.


Lu Tong parou e olhou para Ah-Cheng:


— Aconteceu alguma coisa?


— Você não soube? — O jovem coçou a cabeça. — A mãe do irmão Wu… faleceu há duas noites.



As noites estavam mais frescas.


Com a chegada do outono, chuvas leves passavam com frequência, e, após o pôr do sol, brisas frias sopravam, fazendo parecer que a temperatura despencava de uma hora para outra.


O pátio estava silencioso como água. A luz das lanternas sob o beiral era difusa, iluminando de leve os rostos das pessoas no pátio.


Uma jovem sentava-se diante de uma mesa de pedra, socando vigorosamente um pequeno jarro de prata à sua frente. O vento de outono agitava seus cabelos, fazendo com que seu rosto parecesse especialmente gentil e puro sob aquela luz.


Yin Zheng estava sentada num banco. Dobrava um pedaço de tecido de seda nas mãos enquanto observava Lu Tong preparando o remédio.


Durante o dia, quando Ah-Cheng mencionou a morte da mãe do estudioso Wu, Yin Zheng pensou que Lu Tong o visitaria. Afinal, Lu Tong costumava pedir que Yin Zheng enviasse algumas ervas nutritivas para ele de tempos em tempos. Parecia realmente se importar com o estado da mãe do estudioso.


Embora não entendesse por que Lu Tong tratava um erudito pobre de forma diferente, Yin Zheng podia ver claramente que ela se preocupava com a situação da família dele.


No entanto, até agora, Lu Tong não mencionara nada sobre visitá-lo. Nem mesmo enviara dinheiro — até mesmo Du Changqing mandou dois rolos de seda.


Isso não faz sentido. Será que ela tem outros planos?


Com esses pensamentos vagando pela mente, os movimentos de Yin Zheng diminuíram. Nem percebeu que o lenço havia caído no chão.


Lu Tong a olhou de relance e perguntou:


— O que foi?


Yin Zheng voltou a si às pressas e apanhou o lenço. Engoliu as palavras “Estudioso Wu” que estavam prestes a sair de sua boca. Pensou um pouco e apontou para um grupo de vagalumes sob o beiral:


— Estava só pensando como os vagalumes na capital são lindos.


Lu Tong olhou na direção indicada. Ali, um grupo de vagalumes verdes brilhava intensamente na noite.


Ah-Cheng havia capturado aqueles vagalumes.


O garoto traquina costurara um saquinho quadrado com linha de seda fina, enfeitando cada canto com pequenos sinos de vento, e colocara todos os vagalumes capturados lá dentro. Depois, pendurou o saquinho sob o beiral. À noite, eles brilhavam como a cena descrita no Livro de Jin, onde os vagalumes se reuniam, criando um reflexo semelhante ao da neve.


Uma pena que não houvesse estudiosos por perto para admirar.


Yin Zheng sorriu e perguntou a Lu Tong:


— Tinha vagalumes na sua cidade natal?


Lu Tong balançou a cabeça.


O condado de Changwu era pobre e isolado. Quando criança, ela só vira vagalumes nos livros.


Porém, no Pico Luo Mei, havia muitos.


Talvez por ser uma montanha alta e fria. Depois do verão, a vegetação em decomposição se tornava abrigo para os vagalumes, e o topo inteiro da montanha se enchia de luzes esverdeadas.


Quando procurava os corpos dos prisioneiros condenados no cemitério, a mando de Lady Yun, para testar remédios, ela frequentemente via grandes manchas de luzes frias e difusas no mato. Pareciam chamas-fátuas.


Na época, ela não achava nada poético ou romântico naquilo. Apenas achava estranho e queria fechar os olhos e fugir.


Não esperava que, ao olhar para aquele saquinho de vagalumes pendurado no beiral, fosse sentir como se aquilo tivesse acontecido numa vida passada.


Yin Zheng terminou de dobrar o último lenço de seda, mas não se levantou. Apenas apoiou o queixo na mão e continuou observando Lu Tong socar o remédio.


O pequeno pilão de Lu Tong batia no almofariz de prata, emitindo sons claros de ding ding dang dang. Eram especialmente nítidos naquela noite silenciosa.


Lu Tong tinha dois almofarizes. Usava mais o de madeira e menos o de prata.


Hoje, usava o de prata. Era entalhado com padrões complexos. Quando a luz da lua o tocava, ele brilhava com um brilho magnífico.


Ao desferir o golpe final, deixando o pilão dentro do almofariz, Yin Zheng soube que ela havia terminado.


Lu Tong se levantou com o almofariz, mas não saiu imediatamente. Olhou ao redor do pátio, até que seu olhar se fixou numa cesta de bambu, com metade da altura de uma pessoa, encostada no canto.


Ela se aproximou, abriu a tampa da cesta e tirou um coelho branco de olhos pretos.


Du Changqing havia comprado os coelhos dias atrás. Dissera que vira uma garota vendendo-os numa loja de açougue no beco dos funcionários. A menina era delicada e bonita, mas vivia uma vida miserável. Por compaixão, Du Changqing comprou toda a cesta de coelhos.


Depois de comprar, não soube o que fazer com eles. Yin Zheng e Xiangcao não sabiam cozinhar carne de coelho, então acabaram criando-os no pátio. Xia Rongrong e Xiangcao iam todos os dias alimentá-los.


Lu Tong olhou para o coelho em sua mão. Segurava-o pelas orelhas, e as patas traseiras se debatiam no ar. Após uma rápida olhada, ela pegou o coelho e o almofariz e seguiu para a cozinha.


Normalmente, Lu Tong preparava seus remédios no pátio. Quando os fazia na cozinha, não permitia que Yin Zheng a acompanhasse.


Yin Zheng esfregou os joelhos e empilhou os lenços de seda que acabara de costurar. Depois, entrou na casa e os guardou numa caixa.


Era tarde da noite, e tudo estava silencioso lá fora. O vento frio do outono soprava pela janela, fazendo-a farfalhar suavemente. Toda Shengjing estava mergulhada na escuridão.


Na cozinha, Lu Tong segurava o coelho, o olhar baixo e contemplativo. Ninguém sabia no que ela pensava.


O almofariz de prata estava ao lado da tábua de corte. As ervas dentro haviam sido esmagadas. Uma massa escura cobria o fundo da tigela e escorria lentamente, deixando apenas sombras sujas em seu rastro. Era algo sombrio.


Lu Tong olhou para o coelho por um tempo. De repente, enfiou a mão no pote, pegou uma porção generosa daquela substância negra e enfiou à força na boca do animal.


A boca do coelho foi entupida com aquela coisa desconhecida e ele começou a se debater violentamente. Lu Tong segurou firme as orelhas até que o coelho mastigasse quase tudo. Então o soltou, e o animal disparou, correndo pela cozinha.


Ela o observava em silêncio.


Quinze minutos. Trinta minutos. Quarenta e cinco minutos.


Os movimentos do coelho, antes ágeis, foram se tornando lentos. Ele não correu mais. Cambaleava como se estivesse embriagado. Depois, tombou de lado, meio deitado no chão. Tentava se levantar. Suas quatro patas se agitavam... mas, aos poucos, pararam.


Um traço de sangue negro escorreu lentamente do canto de sua boca. Os olhos avermelhados pareciam ainda mais assustadores.


Estava morto.


O coelho, que há pouco pulava cheio de vida, estava morto.


A noite era fria. A luz na pequena cozinha era fraca. Uma mulher e um coelho morto se encaravam em silêncio. A cena era triste e macabra.


Nesse instante, uma exclamação soou atrás dela:


— Ah!


Os olhos de Lu Tong se tornaram frios num instante, e ela se virou abruptamente. Na porta da cozinha, Xia Rongrong estava parada, segurando uma lamparina, com expressão assustada.


Normalmente, Xia Rongrong já estaria dormindo a essa hora. Valorizava sua aparência e acreditava que dormir cedo mantinha a pele radiante. Sempre se deitava antes da meia-noite.


Mas agora já passava da meia-noite.


Lu Tong franziu o cenho.


— O que está fazendo aqui?


Xia Rongrong parecia aterrorizada. Estava pálida e respondeu instintivamente:


— Xiangcao caiu. Vim à cozinha buscar um pouco de água.


Ela olhou rapidamente para o coelho no chão e desviou os olhos, como se não ousasse encará-lo. Com a voz trêmula, perguntou:


— Esse coelho…


— Esse coelho comeu ervas venenosas por acidente — respondeu Lu Tong com calma. — Por isso morreu.


— É, é mesmo? — murmurou Xia Rongrong, enquanto seus olhos varriam rapidamente a mão de Lu Tong. A mão esquerda de Lu Tong estava manchada de preto pelas ervas do pote de prata.


Lu Tong a encarou.


— Você não estava procurando água?


— Ah... sim. — Xia Rongrong respondeu depressa. Só então se lembrou do que viera fazer e apressou-se em pegar a tigela para encher de água. Depois de enchê-la, saiu rapidamente. Ao passar por Lu Tong, suas mãos tremiam tanto que quase deixou a tigela cair.


Lu Tong observou friamente enquanto ela carregava a tigela para fora, sem dizer uma palavra, até que Xia Rongrong entrou em seu quarto e fechou a porta, mergulhando novamente o exterior na escuridão.


Ficou em silêncio por um momento. Depois se levantou, caminhou até o coelho morto e o pegou.



— É assustador demais. Você não faz ideia do que acabei de ver!


Assim que entrou no quarto, Xia Rongrong largou a tigela e desabou no chão.


Xiangcao se assustou. Ignorando os arranhões nos próprios joelhos, correu para ajudá-la a se sentar na cama.


— O que aconteceu?


O rosto de Xia Rongrong estava pálido, e seus olhos cheios de medo.


— Eu acabei de ver a doutora Lu na cozinha. Ela, ela…


Xia Rongrong agarrou a mão de Xiangcao.


— Ela envenenou um coelho!


Xiangcao ficou pasma.


— É verdade!


Com medo de que a criada não acreditasse, Xia Rongrong falou ainda mais aflita, contando tudo que acabara de presenciar.


— Quando entrei, o veneno ainda não tinha sido lavado das mãos dela. Ela estava parada na frente do coelho morto, encarando o cadáver como um monstro.


Xiangcao ficou igualmente chocada com a descrição, mas ainda tentava manter certa racionalidade.


— Talvez a doutora Lu estivesse só testando algum remédio?


— Impossível!


Xia Rongrong retrucou de imediato.


— Que tipo de remédio pode matar alguém? Além disso, você não viu o jeito como ela me olhou…


Ela se lembrou do olhar gélido que Lu Tong lhe lançara quando se virou, surpresa, ao ser flagrada.


Era diferente da habitual gentileza e serenidade. À luz fraca da lamparina, os olhos de Lu Tong estavam frios e indiferentes — como se olhassem para um cadáver. Totalmente desprovida de emoção.


Um arrepio percorreu o corpo de Xia Rongrong.


— Não posso continuar aqui!


Ela se levantou de imediato e começou a arrumar suas roupas às pressas.


— Vamos arrumar tudo e ir embora.


— Senhorita — Xiangcao a segurou pelo braço —, acalme-se. Se formos embora agora, o que acontecerá com o jovem mestre?


Du Changqing…


Xia Rongrong parou por um instante. Murmurou:


— É verdade, meu primo ainda não sabe. Preciso contar a ele.


Xiangcao então disse:


— A clínica depende do chá medicinal feito pela doutora Lu. Ouvi o Ah-Cheng dizer que ela e o jovem mestre dividem os lucros igualmente. Vivendo aqui esses dias, percebi que ele confia muito nela. Mesmo que você conte, o jovem mestre talvez não acredite. E, se acreditar, pode ser que mesmo assim não expulse a doutora Lu.


Lu Tong era a árvore de dinheiro da Clínica Renxin. Quem estaria disposto a expulsar uma fonte de lucros?


Ao ouvir isso, Xia Rongrong ficou desnorteada.


— Então… o que devemos fazer?


Ela nunca tivera uma opinião firme. Desta vez, viera a Shengjing com o objetivo de entrar para a família Du. Quem poderia prever que havia calculado mal a situação financeira atual de Du Changqing? Além disso, ele parecia não ter o menor interesse por ela, e os dois mantinham apenas uma relação morna.


Agora, diante daquela situação, Xia Rongrong estava completamente perdida.


— Senhorita, por que não falamos com o mestre Bai da Clínica Xinglin? — sugeriu Xiangcao de repente.


Xia Rongrong arregalou os olhos. Bai Shouyi?


De fato, há algum tempo, alguém chamado Wen You viera procurá-la em nome de Bai Shouyi…


A Clínica Xinglin e a Clínica Renxin tinham conflitos por causa do caso do Chun Shuisheng. Xia Rongrong já ouvira Ah-Cheng comentar sobre isso. Bai Shouyi sofreu uma grande derrota e culpou Lu Tong por isso.


Mas, depois de tanto tempo, Bai Shouyi ainda não conseguira encontrar provas contra Lu Tong, então enviara Wen You para procurar Xia Rongrong, propondo uma “cooperação”.


Wen You ficara diante dela e dissera:


— Senhorita Xia, meu mestre disse que você não quer que a doutora Lu permaneça na clínica. Coincidentemente, meu mestre também deseja expulsá-la da capital. Por que não cooperamos para que ambos consigam o que querem?


Xia Rongrong franziu o cenho.


— Cooperação?


O método proposto por Bai Shouyi era simples: que Xia Rongrong adulterasse as ervas que Lu Tong costumava preparar. Mas ela recusou imediatamente.


Se realmente houvesse um problema nos medicamentos de Lu Tong, quem sofreria seria a própria Clínica Renxin — inclusive Du Changqing.


Além disso, Xia Rongrong sabia bem que Lu Tong jamais permitia que terceiros tocassem na preparação dos remédios ou na triagem das ervas novas. A criada Yin Zheng era especialmente vigilante, tornando impossível adulterar qualquer coisa.


Wen You não desistiu. Colocou uma nota de prata nas mãos de Xia Rongrong e disse:


— Senhorita Xia, não precisa me dar uma resposta agora. Quando pensar melhor, mande alguém à nossa loja e avise o mestre.


Xia Rongrong aceitou o dinheiro. No início ficou um pouco nervosa, mas com o passar dos dias acabou se esquecendo do assunto. Não esperava que Xiangcao fosse trazê-lo de volta agora.


Ela olhou hesitante para a criada.


— Será mesmo uma boa ideia?


Afinal, Lu Tong era da Clínica Renxin. Contar coisas internas para gente de fora não parecia nada sensato.


Xiangcao suspirou.


— Senhorita, embora o que viu hoje tenha sido inesperado, não prova que a doutora Lu está fazendo veneno para matar alguém. O jovem mestre Du escuta tudo o que ela diz e com certeza ficará do lado dela. Se você falar, vai apenas alarmar a doutora Lu e prejudicar sua relação com o jovem mestre.


— Mas o mestre Bai é diferente. A doutora Lu fez a Clínica Xinglin passar vergonha. Ele guarda rancor. Se houver mesmo algo errado com ela, o mestre Bai com certeza não vai deixá-la impune. Além disso…


— Além disso, a senhorita não pegou cinquenta taéis de prata dele? Se ele cobrar, o jovem mestre Du ficará furioso.


Ao lembrar dos cinquenta taéis, Xia Rongrong não pôde deixar de corar.


Já havia gasto tudo em grampos de cabelo e joias. Se Bai Shouyi aparecesse para cobrar, ela não saberia como lidar com aquilo.


Percebendo a hesitação da moça, Xiangcao abaixou a cabeça discretamente, escondendo o sorriso que se formava no canto dos lábios.


Xiangcao era criada pessoal de Xia Rongrong há muitos anos. Quando veio para a capital, os pais da família Xia a incumbiram de garantir o casamento entre Xia Rongrong e Du Changqing.


Embora a fortuna dos Du não fosse mais como antes, ainda possuíam loja e casa na capital. Melhor do que muitos por aí. Portanto, o casamento era viável. No entanto, vivendo ali na clínica, Xiangcao enxergou com clareza: Du Changqing não nutria sentimentos por Xia Rongrong. Pelo contrário — era muito próximo da doutora Lu.


Xiangcao veio com o intuito de garantir essa união. Se falhasse, Xia Rongrong se frustraria e seria difícil prestar contas aos pais da jovem. Ela desconfiava que havia algo entre Lu Tong e Du Changqing. Embora não tivesse provas, Lu Tong agia como se fosse a verdadeira dona da clínica. Ah-Cheng e Du Changqing a escutavam em tudo.


Xiangcao queria expulsar Lu Tong da clínica, mas ainda não encontrara uma maneira.


Quem imaginaria que, naquela noite, Xia Rongrong daria de cara com a cena na cozinha?


Era uma oportunidade enviada pelos céus.


Sem se importar com os ferimentos nas pernas, Xiangcao saiu da cama e foi buscar pincel e papel para Xia Rongrong.


— Senhorita, por que ainda hesita? Neste momento, o único que pode nos ajudar é o mestre Bai. Escreva logo uma carta para ele. Se houver realmente um problema, ainda dá tempo de resolver.


A luz fraca do quarto refletia nas poças de água espalhadas pelo chão. Xia Rongrong ficou olhando fixamente para as manchas por um longo tempo. Depois mordeu o lábio e, como se tivesse tomado uma decisão, levantou-se.


— Entendi.


— Eu vou escrever.


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Nota de rodapé:


[1] “Conquistar os Louros no Palácio do Sapo” – expressão idiomática chinesa relacionada ao sucesso nos exames imperiais. O “Palácio do Sapo” (蟾宫) é uma referência poética à lua, associada aos estudiosos que alcançam grande sucesso.



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